LUZIA SANTOS
Um homossexual conhecido pelo nome de “Claudete” foi assassinado a pedradas e teve a cabeça esmagada na madrugada de ontem, em João Pessoa. A vítima cuja identidade original é Geovaldo Gomes de Oliveira, de 33 anos, foi encontrada por volta das duas horas na Rua Luís de França Pereira, no bairro do Alto do Mateus. De acordo com dados do Movimento do Espírito Lilás (MEL) este seria o segundo caso de crime de ódio registrado este ano, na Paraíba, o primeiro aconteceu na cidade de Campina Grande, em fevereiro deste ano.De acordo com a polícia, o corpo do homossexual foi encontrado em via pública por um vigilante de rua. A ocorrência foi registrada na Primeira Delegacia Distrital de Cruz das Armas pela delegada plantonista Ana Karina Freitas, que foi até o local do crime. A perícia foi realizada pelo perito criminal Cristiano Mendonça do Departamento de Medicina Legal (DML).Irmãos da vítima foram a delegacia e contaram que Geovaldo Gomes, que trabalhava como pedreiro, assumia abertamente a opção sexual e era conhecido pelo apelido de “Claudete”. O rapaz aparentemente não teria inimigos.A autoria do crime ainda está ignorada. Moradores informaram que a vítima não morava no bairro e alegaram que nada viram ou ouviram durante a madrugada. O crime deverá ser investigado pela delegacia de homicídios da capital por se tratar de crime violento de autoria desconhecida.
MEL acredita em preconceito
Para o presidente do Movimento do Espírito Lilás (MEL), Luciano Bezerra Vieira, as características do crime levam a crer que se trata um crime de ódio no qual o autor demonstra não apenas rejeitar, mas odiar a vítima. “Parece que o assassino não quer apenas matar, quer varrer a vítima da face da terra, espatifando a cabeça dela com golpes de pedra”, esclareceu.Segundo ele, o crime traz à tona também o preconceito ainda existente na sociedade. “Apesar dos avanços já alcançados, a sociedade continua muito preconceituosa”, afirmou. Salientando que “por trás deste crime está tanto a impunidade quanto o lado preconceituoso da sociedade”. Dados do Movimento do Espírito Lilás revelam que este seria o segundo crime de homofobia registrado, no Estado. O primeiro teria acontecido no dia 6 de junho, em Campina Grande, envolvendo um funcionário público que foi encontrado morto com ferimentos no rosto e na cabeça, no interior de seu quarto. “Estamos acompanhando com preocupação esses casos”, declarou o presidente do Movimento do Espírito Lilás, Luciano Bezerra. (LS)
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Uma notícia triste, independente de ter sido motivado pela homossexualidade da vítima ou não. Mas, em sendo, me parece mais grave... Vamos aguardar o desenrolar dos fatos para ver se sai mais alguma coisa...
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